domingo, 1 de abril de 2012

O vulcão

Há um vulcão que trabalha em silencio,
Ele sente, ele ama, sorri e até chora
Talvez nem todos conheçam o quão potente é este,
Que por muitos anos despercebidos foi julgado adormecido,
Mas é engano dos fulanos que ora e outra estimam o externo,
Esquecem que no interior a vida corre mais viva do que a euforia de uma noite de carnaval

O vulcão é potente, bate tanto seu coração que só os sábios entendem.
Nele há vida, alegria, amor e sedução.
Os sentimentos borbulham misturam-se, fomentam e se reproduzem.
Ainda sim o caráter do vulcão fala mais alto,
Ele diz ser discreto equilibrado e esperto
Quando esconde a força de todos seus sentimentos
Que sentem, sentem a tal ponto de chegar o ciclo da explosão.

Então é chegada a hora da erupção,
Agora oculto vem a tona,
Ele mostra suas vergonhas, suas emoções.
A vida contida em si,
Não há como negar a força e beleza do seu poder

São preciosas larvas de vulcão
Tão lindas e perigosas que não podem ser tocadas
As larvas de um vulcão são a essência do criador
Elas refletem a glória e o esplendor antes escondido

Anos, décadas, a data nunca será certa.
É porque este vulcão esta sempre no processo de erupção
Talvez dias, talvez anos, não é nem nunca será determinado seu exibicionismo.
O imprevisível vulcão vive a constante evolução, processa tudo que vive.
E quando não pode mais esconder o que sente, mostra ao mundo o seu poder.

Não que ele seja exibido, é que ele prefere ficar contido.
Contem-se para não aparecer, para deixar os menores terem a sua vez.
Porém quando Ele não consegue mais suporta toda sua pressão
A erupção acontece, é o show da vida que os demais contemplam.
E lembram que não nada mais belo e perigoso como aquele
Tímido e silencioso vulcão!

Geiziani Souza.
31-03-12 às 22h16